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Mostrando postagens de 2015

Natal, Festa da Misericórdia

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Vários artigos que li nesta última semana partiam da mesma premissa: “Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai” (MV 1). Também dela partiremos nós para algumas breves considerações sobre a solenidade do Natal do Senhor, cujos frutos colhemos ainda nesses dias que chamamos de “Oitava” do Natal. Celebrar o Natal do Senhor é mais do que simplesmente comemorar o “aniversário” de Jesus: celebrar o Natal é contemplar o mistério da Encarnação, a atitude decidida e decisiva do Deus-Amor em vir ao encontro da humanidade por meio de sua própria “carne”, tornando-se um de nós, “igual a nós em tudo, exceto no pecado” (GS 22). Assim, Deus nos abre uma nova porta de acesso ao seu coração, e ilumina com nova luz o caminho da vida humana: “O povo que andava na escuridão viu uma grande luz, para os que habitavam as sombras da morte uma luz resplandeceu” (Is 9,1). O caminho do Deus-Menino é o caminho do despojamento, da entrega, da kénosis : “Ele, existindo em forma divina, não se apeg

"Vim para servir"!

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Nossa Diocese de São Mateus se alegra com a ordenação de seu quarto bispo diocesano, Dom Paulo Bosi Dal’Bó, neste dia 12/12/2015. No contexto do Ano Santo da Misericórdia, sua ordenação ganha, para nós, um significado ainda mais especial. Seria bom, então, nos debruçarmos um pouquinho melhor sobre o que significa o ministério episcopal para a Igreja. Tomaremos como guia o próprio Ritual de Ordenação . Em linhas gerais: “A Ordem dos Bispos sucede ao Colégio dos Apóstolos no magistério e no governo pastoral em que o Corpo Apostólico perdura continuamente. Portanto, os Bispos ‘como sucessores dos Apóstolos, recebem do Senhor, a quem foi dado todo o poder no céu e na terra, a missão de ensinar a todos os povos e pregar o Evangelho a toda a criatura, a fim de que os homens todos, pela fé, pelo batismo e pelo cumprimento dos mandamentos, alcancem a salvação (cf. Mt 28,18)’. O Colégio Episcopal, sob um só chefe, o Romano Pontífice, sucessor de Pedro, exprime o conjunto, a unidade, a

O rosto da misericórdia

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Neste dia 08 de dezembro de 2015, o Papa Francisco iniciou, com uma solene celebração na Basílica Vaticana, o Ano Santo Extraordinário da Misericórdia. Até o dia 20 de novembro de 2016 todo o mundo cristão é convidado a aprofundar o conhecimento e a vivência deste aspecto fundamental da revelação do próprio Deus: a misericórdia. Seguiremos na pista da Bula Misericordiae Vultus (MV; “Rosto da Misericórdia”), com a qual o Papa proclama o Ano Jubilar. “Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai. O mistério da fé cristã parece encontrar nestas palavras a sua síntese. [...] Com a sua palavra, os seus gestos e toda a sua vida, Jesus de Nazaré revela a misericórdia do Pai” (MV 1). Com estas palavras o Papa Francisco oferece a primordial motivação do Ano Santo: contemplar o rosto da misericórdia, Jesus Cristo (cf. MV 2), e dele aprender o jeito de Deus de agir e amar, seu próprio jeito de ser (cf. MV 3). O Ano Santo se abre em 08/12/2015 em comemoração aos 50 anos da conclusão

“O Senhor é nossa justiça” (Jr 33,16)

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Uma homilia sempre aberta, para o I Domingo do Advento do Ano C. A liturgia desta última semana do Tempo Comum nos prepara diretamente para a liturgia que abre o novo Tempo do Advento: os sinais um tanto catastróficos que nos tem sido apresentados pelos textos sagrados são um sinal de alerta – algo novo, “terrível e grande” (Sl 99,3) se aproxima. No ano litúrgico C que abriremos no próximo domingo, I do Advento, a palavra de ordem da primeira leitura parece ser “justiça”. O cumprimento da promessa é a justiça de Deus que se estabelecerá sobre a terra. Jerusalém, cujo nome se relaciona a “paz” (“shalom”), encontrará a plenitude dessa paz na justiça (o novo nome) que se manifestará em todos aqueles quantos creem no Deus da vida. São Paulo, na segunda leitura, aponta onde deve necessariamente repercutir essa nova justiça divina: na vida fraterna, vivida no amor mútuo entre os irmãos, que gera verdadeira santidade. Nos laços cada vez mais fortes de santidade, na caridade f

Espiritualidade ecológica – Laudato Si’ IX

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Retomamos, então, o último capítulo da carta encíclica Laudato Si’ , do Papa Francisco – no artigo anterior falamos de uma educação ecológica que vise a transformação dos hábitos de vida e dos padrões de consumo em favor de uma ética planetária do cuidado. O Papa propõe o caminho de uma espiritualidade ecológica (LS 216), partindo de uma verdadeira e efetiva conversão interior para uma real conversão ecológica, “que comporta deixar emergir, nas relações com o mundo que os rodeia, todas as consequências do encontro com Jesus. Viver a vocação de guardiões da obra de Deus não é algo de opcional nem um aspecto secundário da experiência cristã, mas parte essencial de uma existência virtuosa” (LS 217), tendo como modelo São Francisco de Assis (LS 218). A conversão ecológica, nessa perspectiva, traduz-se em conversão comunitária (LS 219) que gera atitudes de “cuidado generoso e cheio de ternura”, “gratidão e gratuidade”, “estupenda comunhão universal”, “criatividade e entusiasmo” e “

Educação ecológica – Laudato Si’ VIII

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Chegamos ao capítulo final da carta encíclica do Papa Francisco “ Laudato Si’ ”, que se abre com uma frase impactante: “antes de tudo é a humanidade que precisa mudar” (LS 202). Esse capítulo trata de dois temas importantíssimos: educação e espiritualidade; por isso trataremos desses temas em dois artigos separados. Nesse horizonte de conversão, Francisco convida a adotar um novo estilo de vida que quebre o paradigma tecnoeconômico e sua obsessão e compulsão pelo consumo (LS 203), de egoísmo coletivo em detrimento do bem comum (LS 204), que afastam e até mesmo privam o homem da sua verdadeira felicidade e dignidade (LS 205). “Uma mudança nos estilos de vida poderia chegar a exercer uma pressão salutar sobre quantos detêm o poder político, econômico e social” (LS 206), gerando responsabilidade social, “rompendo com a consciência isolada e a autorreferencialidade” (LS 208), colocando em primeiro lugar o ser humano e seu valor moral, e não a ideologia do consumo e do descart

Linhas de orientação e ação – Laudato Si’ VII

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Depois de um longo intervalo (exatos 40 dias!) sem publicar – tive que dar prioridade ao meu TCC que estava apenas enrolado... – vamos voltar a publicar! E, claro, vamos continuar a reflexão sobre a encíclica Laudato Si’ , do Papa Francisco. Os episódios trágicos dos últimos dias em MG e no ES nos fazem ver a urgente necessidade de parar para refletir e discutir as questões ecológicas, de tomar consciência e arregaçar as mangas na defesa da nossa casa comum! Depois de delinear as situações de crise do mundo contemporâneo, e apresentar a luz do Evangelho para essa situação, Francisco aponta pequenas e práticas linhas de ação ao alcance de toda a humanidade para uma efetiva transformação da dramática realidade ecológica atual. Insistindo na ideia de tratar o mundo como uma imensa casa comum , o Papa frisa: “A interdependência obriga-nos a pensar em um único mundo, em um projeto comum ” (LS 164), e chama a atenção para a irresponsabilidade da sociedade pós-industrial moderna quan

Uma ecologia integral – Laudato Si’ VI

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No capítulo IV da Encíclica Laudato Si’ (LS), que estamos vendo há algumas semanas, o Papa Francisco delineia uma reflexão acerca de diferentes elementos para uma ecologia integral , que integre os fatores ambientais, antropológicos, econômicos e sociais. A premissa é o grande refrão de toda a encíclica: “tudo está interligado” (citado 10 vezes: nn. 16, 70, 91, 92, 117, 120, 137, 138, 142, 240), o que leva à necessária busca de “uma visão mais ampla da realidade” (LS 138) em busca de “soluções integrais” para a “única e complexa crise socioambiental” (LS 139) dos nossos dias. O Papa insiste no retorno ao humanismo “para uma visão mais integral e integradora” dos distintos saberes humanos em vista de uma sadia “ecologia econômica” (LS 141). Na mesma linha, considera Francisco que “a ecologia social é necessariamente institucional e progressivamente alcança as diferentes dimensões, que vão desde o grupo social primário, a família, até à vida internacional, passando pela comu

A raiz humana da crise ecológica – Laudato Si’ V

Depois de apresentar um panorama da situação ambiental atual e recordar as luzes que a Palavra de Deus oferece à realidade do mundo criado, o Papa Francisco se dedica, no capítulo III da Encíclica Laudato Si’ (LS), a explorar o plano de fundo da crise ambiental: a verdadeira e profunda crise de sentido do ser humano. O ponto de partida da reflexão de Francisco é o paradigma tecnocrático dominante: a deturpação do uso da boa tecnologia a serviço de interesses que visam meramente o poder, a exploração, o controle da liberdade; um ser humano que se pensa plenamente autônomo, mas, na verdade, “carece de uma ética sólida, uma cultura e uma espiritualidade que lhe ponham realmente um limite e o contenham dentro de um lúcido domínio de si” (LS 105; 101-105). Esse paradigma é “homogêneo e unidimensional [... onde] o que interessa é extrair o máximo possível das coisas por imposição da mão humana, que tende a ignorar ou esquecer a realidade própria do que tem à sua frente” (LS 106),

Criação e comunhão universal – Laudato Si’ IV

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Continuamos com a reflexão anterior , com um olhar sobre a criação pelo viés bíblico-teológico, conforme o capítulo II da encíclica Laudato Si’ (LS) do Papa Francisco. Toda criatura tem sua importância na grande obra de Deus que é o mundo. De fato, “todo o universo material é uma linguagem do amor de Deus, do seu carinho sem medida por nós” (LS 84). Embora o ser humano seja o ápice da Criação, própria “imagem e semelhança” de Deus (Gn 1,26), ele só o é em relação com os demais seres, em mútua interdependência, e torna-se, para eles, guardião e administrador (cf. Gn 2,15). Poder é aqui sinônimo de responsabilidade e cuidado! Todas as coisas são como um reflexo de Deus (cf. LS 87) e, de fato, “toda a natureza, além de manifestar Deus, é lugar de sua presença” (LS 88). Por isso, “nós e todos os seres do universo, sendo criados pelo mesmo Pai, estamos unidos por laços invisíveis e formamos uma espécie de família universal, uma comunhão sublime que nos impele a um respeito sag

O Evangelho da Criação – Laudato Si’ III

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Continuando nossa viagem pela bela e rica encíclica do Papa Francisco, nunca é demais recordar que, para ele, “a ciência e a religião, que fornecem diferentes abordagens da realidade, podem entrar num diálogo intenso e frutuoso para ambas” (LS 62), numa visão de conjunto sobre o universo e a vida humana nele presente e atuante. Considerando esse complexo vital onde se instala a crise ecológica hodierna, se quisermos “construir uma ecologia que nos permita reparar tudo o que temos destruído, então nenhum ramo das ciências e nenhuma forma de sabedoria pode ser preterida, nem sequer a sabedoria religiosa com a sua linguagem própria” (LS 63). Desse modo, no fundo, Francisco conclama “que nós, crentes, conheçamos melhor os compromissos ecológicos que brotam das nossas convicções” (LS 64). A intrínseca relação do homem com a natureza está na base da revelação judaico-cristã, no plano original de Deus Criador desde sempre; nesse sentido é que se torna possível falar de um “Evange

O que está acontecendo com a nossa casa – Laudato Si’ II

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Continuemos a falar da Encíclica Laudato Si’ (LS), do Papa Francisco. Após uma breve introdução, como apontamos no artigo anterior, o Papa dedica o primeiro capítulo a uma visão panorâmica sobre o contexto atual, levantando sobretudo o paradoxo entre a “contínua aceleração das mudanças na humanidade e no planeta” e “a lentidão natural da evolução biológica” (LS18). O Papa constata crescente conscientização, sensibilidade e preocupação para com a situação ambiental da parte de muitos homens e mulheres, o que é forte sinal de esperança para o mundo. A inquietação de Francisco é “tomar dolorosa consciência, ousar transformar em sofrimento pessoal aquilo que acontece com o mundo e, assim, reconhecer a contribuição que cada um lhe pode dar” (LS 19). Levanta-se, então uma série de questões urgentes: a poluição , fruto da “cultura do descartável”, e sua intensa produção de lixo, que acaba por influenciar, principalmente, a mudança climática, um dos principais desafios da humanidade n

Louvado sejas, Senhor! - Laudato Si' I

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Louvado sejas, Senhor! Com essa aclamação de louvor é que o Papa Francisco abre (e, assim, dá nome à) sua mais recente Encíclica: “Laudato Si’” (LS), inspirado no chamado “Cântico das Criaturas”, de São Francisco de Assis, seu onomástico, patrono da ecologia, tema do documento. O Papa quer chamar a atenção para o cuidado com a casa comum , a irmã e mãe terra que “clama contra o mal que lhe provocamos por causa do uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus nela colocou”, pois “esquecemo-nos que somos terra” (cf. LS 2). Retomando o pensamento dos Papas João XXIII, Paulo VI, Bento XVI e de diversas Conferências Episcopais de todo o mundo, Francisco propõe a toda a humanidade, crente (seja qual for a religião) ou não, uma verdadeira “conversão ecológica global” (LS 5), tendo em vista, como pano de fundo, uma renovada e autêntica “ecologia humana” em sua integralidade. Retomaremos mais tarde a este ponto. Muito cara é a contribuição do Patriarca Bartolomeu, da Igreja Ortodox

Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação

O Papa Francisco instituiu, em consonância com o costume da Igreja Ortodoxa, a partir deste ano, para toda a Igreja Católica, em 1º de setembro, o D ia Mundial de Oração pelo Cuidado com a Criação . A proposta vem ao encontro das preocupações apresentadas pelo Romano Pontífice na sua recente Carta Encíclica "Laudato Si'". O texto do Evangelho proposto para a reflexão é Mt 6,24-34, um convite à contemplação serena do mundo, ao cuidado fraternal com todas as criaturas, à confiança filial e ao abandono nas mãos de Deus, o Pai, fonte e criador de toda a vida. Em carta aos Cardeais Turkson e Koch, respectivos presidentes do Pontifício Conselho Justiça e Paz e do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, o Papa delineia os aspectos gerais e as motivações dessa sua ação. O Dia é pensado como "contribuição para a superação da crise ecológica que a humanidade está vivendo", recuperando, a partir do "nosso rico patrimônio espiritual as motivações que

Fé: ponto de partida, eixo e horizonte da vida cristã

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Falar de fé no mundo de hoje é algo bastante complexo. Ainda mais porque a fé não é um conceito reduzido que se possa explicar assim tão-somente de modo racional, analítico ou sistemático. É preciso uma profunda experiência de Deus e um igual mergulho no coração da humanidade para entender o que ela significa. Vamos tentar um caminho. O nosso tempo, da chamada “pós-modernidade”, caracteriza-se por um pluralismo de “experimentos” religiosos que genericamente chamamos de fé; uma busca de uma profundidade mística sem compromisso com uma comunidade ou uma conduta ou doutrina específica; quase como uma colcha de retalhos de satisfações mistéricas ou algo assim. O problema desses experimentos místicos é que se tornam um abismo quando não conseguem mais corresponder às expectativas humanas. É bem mais uma proposta de “fazer Deus à nossa imagem e semelhança”, do que o contrário. Que seja o fenômeno religioso constitutivo do ser humano é dizer uma coisa; falar de uma experiência de fé

O arco-íris e a Aliança de Deus

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Esta semana de sol e chuva proporcionou um bonito espetáculo para nós: espalharam-se pelos céus arco-íris imensos, atraindo olhares maravilhados e lentes atentas e precisas. Muitas fotos dessa beleza celeste povoaram as redes sociais nestes últimos dias. A grande maioria das publicações fazia essa relação do arco-íris como sinal da presença de Deus. Mas de onde essa ideia vem? Sim, esta é uma ideia radicada nas mais antigas expressões de fé de Israel, encontrada, de modo particular, no conhecido relato de Noé e o dilúvio (Gn 6-9). "A terra estava corrompida diante de Deus e cheia de crimes" (Gn 6,11), o que levou Deus, em sua santa ira, a provocar uma chuva descomunal durante 40 dias e 40 noites (Gn 7,17), que destruíra toda a vida sobre a terra, com exceção de Noé e seus três filhos e suas respectivas esposas, e dos casais de animais que recolhera (Gn 6,9.7,1-3.7-9). Quando, então, a terra secou, com Noé e sua geração começa uma nova humanidade (Gn 8,13-20), e Deus conf

Um abismo atrai outro abismo

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Esse título um tanto incomum é inspirado no Salmo 42,8: "Como um abismo atrai outro abismo ao fragor das cascatas, vossas ondas e vossas torrentes sobre mim se lançaram". O salmista, nesses versos, canta a sua "sede de Deus", a seu desejo profundo de, passadas as dificuldades desta vida, viver o eterno louvor na presença do Onipotente. Passar do abismo da dor, pelo abandono e pela confiança filial em Deus, ao abismo da graça. "Um abismo atrai outro abismo". Estamos num contexto social de insegurança, de descrença para com as instituições (que exercem poder seja político, econômico, educacional ou religioso), de medo diante da crescente violência, de descrédito para com o ser humano. Uma cultura da corrupção, do consumo, da satisfação imediata, do "descartável". A lógica desse mundo alucinado aonde pode nos levar? "Um abismo atrai outro abismo". O "abismo" invoca a "profundidade". Ao pensar num abismo v

Sobre a reportagem publicada em A Tribuna, em 04/08/2015

Minha intenção ao postar no Facebook a foto da reportagem publicada no jornal A Tribuna não foi, no primeiro momento, suscitar a acalorada discussão que depois se formou em minha postagem. E que boa surpresa a discussão gerada! Cabe, porém, ajudar a discernir e esclarecer alguns pontos de nossas respostas. Parece que o título da matéria quis apenas chamar a atenção para vender mais jornal. A proposta da entrevista foi bem outra... A equipe de jornalismo, muito simpática, por sinal, queria conhecer um pouco mais da vida do nosso Seminário e saber de nossas motivações vocacionais, o que, de fato, foi publicado com destaque. As questões “polêmicas” foram tratadas brevemente e de maneira geral, sem esmiuçar as problemáticas apresentadas. Aqui, porém, o faremos em parte. 1. Aborto. A compreensão da Igreja parte do princípio natural que é a vida, considerada, na fé, dom de Deus, o Criador de todas as coisas, defendida e preservada em todas as suas fases, em toda e qualquer circunstâ