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Mostrando postagens de abril, 2020

Um de nós

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Nesses mais de trinta dias de isolamento social, tenho me dedicado a diversas atividades, tanto relacionadas a trabalho e estudo quanto a lazer. Além de rezar um tanto mais e ter mais tempo pra leitura, tenho me dedicado a assistir um pouco de TV e séries na Netflix (sim, acredite se quiser: sou uma pessoa normal).  Na leitura, tenho buscado revezar entre estudos bíblicos e teológicos, formação religiosa e uma literatura mais livre. Tenho compartilhado aqui algumas dessas leituras, e já tem umas outras engatilhadas (umas já feitas e resenhadas, outras na fila). Na TV e na Netflix tenho procurado alguma coisa que ajude a relaxar sem deixar de pensar construtivamente. Procurei no streaming de vídeos alguma coisa que unisse alguns gostos pessoais e encontrei uma junção interessante entre romance policial, humor e religião: a série Lúcifer (ainda inconclusa). Sim, ela já é batida na Netflix, mas eu não tinha visto ainda (somente Bojack Horseman , Sherlock , Friends – que

Entre ficar e mudar

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Dias atrás estive escutando uma playlist aleatória no YouTube com os amigos, e tocou a mais que conhecida “Metamorfose ambulante”, de Raul Seixas. Hoje acordei pensando nessa música. Há tempos, sigo um ritual matinal: desperto, sento na minha cama, rezo, vou ao banheiro e me olho no espelho. Não que eu tenha pelo que me envaidecer contemplando minha aparência (na verdade, tenho certos problemas com essa questão de autoimagem), mas gosto de contemplar as mudanças que vão acontecendo. É sobre isso que deu vontade de falar hoje. Séculos antes de Cristo, a filosofia grega nos seus inícios já se colocava uma questão interessante, a partir da observação do mundo: ao mesmo tempo que tudo muda , existe algo que permanece o mesmo diante das variações – para os iniciados: o velho dilema entre Heráclito e Parmênides. Também dentro em nós acontece isso. Existe sempre algo que permanece (essência, alma, identidade, ser – pode chamar como quiser) diante das inúmeras variações e transfor

O mistério da Cruz e Ressurreição de Jesus Cristo

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“Eis o mistério da fé!” A cada Santa Missa escutamos o sacerdote pronunciar esta expressão, após repetir com devoção as palavras e gestos de Jesus na Última Ceia, trazendo-o de volta, pela fé, ao altar, para que o mundo jamais fique privado de sua presença misericordiosa. Mas, no Santo Sacrifício, o que é mesmo este mistério da fé? A aclamação de toda a assembleia nos dá a resposta: “Anunciamos, Senhor, a vossa morte, e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!” O que se descortina a nossos olhos não é uma mágica, mas um mistério profundo que dá o significado verdadeiro da nossa vida e da nossa fé: a salvação de Deus se oferece a nós na vida doada de Jesus pela salvação do mundo inteiro! O querigma da Igreja é sempre um e o mesmo, como nos dizeres do Apóstolo Paulo: “ De fato, eu vos transmiti, antes de tudo, o que eu mesmo recebi, a saber: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e, ao terceiro dia, foi ressuscitado, segun