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Mostrando postagens de janeiro, 2016

O Ano da Misericórdia e o Concílio Vaticano II

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Na Bula Misericordiae Vultus , n. 4 , o Papa Francisco apresenta a ligação entre a abertura do Ano Santo e os 50 anos de conclusão do Concílio Vaticano II. A Porta Santa da Basílica de São Pedro, no Vaticano, de fato, foi aberta em 08 de dezembro de 2015 para lembrar esse momento tão importante da história da Igreja. O Vaticano II foi gestado no espírito do chamado aggiornamento , na busca de um modo novo de comunicar a verdade e a beleza da fé. Segundo a intuição do Papa João XXIII, era preciso dar novo fôlego à Igreja, deixá-la respirar novos ares, sentir o sopro renovador do Espírito. E assim se fez: “Uma nova etapa na evangelização de sempre. Um novo compromisso para todos os cristãos testemunharem, com mais entusiasmo e convicção sua fé”. E ressalta-se: um compromisso de todos os cristãos – uma grave responsabilidade ecumênica ! A renovação conciliar passa, pois, por uma redescoberta da dimensão ecumênica da fé, pelos laços de unidade que devem ser construídos e sempre re

Epifania, a manifestação do Amor

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A solenidade da Epifania do Senhor aos reis magos é um ponto-chave no tempo litúrgico do Natal: o Menino de Belém alcança todos os povos, a estrela guia a humanidade à plena verdade de Deus - a kénosis, a pobreza, a simplicidade. Deus assume um rosto: o rosto de cada homem e mulher que abandona seu coração em Deus. A Epifania do Senhor é a celebração da encarnação do amor misericordioso de Deus, que se abre como fonte inesgotável e acessível a todos. A liturgia desse dia nos leva a contemplar o mistério da Luz verdadeira: brilhando sobre o Povo de Deus, a esperança messiânica se cumpre com todo o seu esplendor em Jesus (1ª leitura); contudo, essa salvação se estende a todos os povos do mundo pela fé no Evangelho (2ª leitura). Pela encarnação do Verbo, o mistério de Deus alcança toda a humanidade e ilumina-a com uma nova luz, a partir de dentro, renovando sua esperança (cf. Gaudium et Spes 22). A solenidade da Epifania, de fato, amplia o significado da celebração do Natal:

Maria, Mãe de Deus, Mãe da Misericórdia

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Começamos o novo ano civil com a liturgia que encerra a Oitava do Natal e nos convida a contemplar a singeleza de Maria, a Mãe de Deus, Mãe da Misericórdia. A solenidade de hoje é um chamado a voltar nossa atenção à simplicidade feliz do presépio e aprender de Jesus e Maria o jeito e o projeto de Deus. Em Jesus se cumpre o desígnio do Pai: nele todos recebemos a “filiação adotiva” (Gl 4,5). Chegado o “tempo previsto” (Gl 4,4), “estes tempos, que são os últimos” (cf. Hb 1,2), pelo Filho Unigênito se manifesta e nos é concedido o Espírito que nos faz chamar Deus de Pai, Papai, Paizinho, “Abbá” (Gl 4,6)! Tudo isso por obra da graça de Deus (Gl 4,7)! Em Jesus a humanidade alcança a plenitude da bênção divina: Ele mesmo é a face de Deus que se volta para nós (cf. Nm 6,25s), Ele é o Príncipe da Paz (Is 9,5), Ele é “o rosto da misericórdia do Pai” (MV 1) – “Tudo n’Ele fala de misericórdia. N’Ele, nada há que seja desprovido de compaixão” (MV 8)! Ao voltarmo-nos para a cena do