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Mostrando postagens de agosto, 2016

O Evangelho da família – Amoris Laetitia II

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“A alegria do amor que se vive nas famílias é também o júbilo da Igreja. Apesar dos numerosos sinais de crise no matrimônio – como foi observado pelos Padres sinodais – ‘o desejo de família permanece vivo nas jovens gerações’. Como resposta a este anseio, ‘o anúncio cristão que diz respeito à família é deveras uma boa notícia’” (AL 1). Com esse olhar otimista é que o Papa Francisco abre a Exortação Apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia , que continuamos a ler.  Nos primeiros parágrafos, à guisa de introdução, o Papa se dedica a situar o documento no contexto eclesial e social contemporâneo, e termina com um convite: “Espero que cada um, através da leitura, sinta-se chamado a cuidar com amor da vida das famílias, porque elas ‘não são um problema, são sobretudo uma oportunidade’” (AL 7), retomando a proposta sinodal. O primeiro capítulo, “À luz da Palavra”, apresenta uma exposição das mais ricas passagens bíblicas que tratam do tema da família e do amor conjugal. Logo d

“Bem-aventurada aquela que acreditou!”

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Neste domingo a Igreja celebra a solenidade da Assunção da Virgem Maria. É uma das festividades marianas mais antigas e populares, tanto no Oriente quanto no Ocidente cristão. Na glória de Maria a Igreja vê um claro reflexo da glória do Senhor e antevê a sua própria glorificação, pelo poder salvador de Cristo Jesus. Apoiado no testemunho da Tradição e do Magistério eclesial, o Papa Pio XII, em 01/11/1950, publicou a Constituição Apostólica Munificentissimus Deus , proclamando solenemente o dogma da Assunção de Nossa Senhora. Pio XII associa-o, sobretudo ao dogma da Imaculada Conceição, definido por Pio IX em 1854: “De fato, esses dois dogmas estão estreitamente conexos entre si. Cristo com a própria morte venceu a morte e o pecado, e todo aquele que pelo batismo de novo é gerado, sobrenaturalmente, pela graça, vence também o pecado e a morte. Porém Deus, por lei ordinária, só concederá aos justos o pleno efeito desta vitória sobre a morte quando chegar o fim dos tempos... M

A alegria do amor – Amoris Laetitia I

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Nesta Semana Nacional da Família, celebrada com intensidade em todo o nosso gigante Brasil, quero começar a apresentar em pequenas doses a riquíssima Exortação Apostólica Pós-sinodal Amoris Laetitia , do Papa Francisco, datada de 19 de março de 2016. É um texto longo, profundo e belo, que merece nossa particular atenção. Além de tudo, uma leitura fácil e agradável. Para início de conversa, é fundamental situar o texto. A Exortação é fruto das conclusões dos dois últimos Sínodos dos Bispos, que trataram do tema da família (“Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”, em 2014, e “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”, em 2015). O Sínodo dos Bispos é um recurso criado após o Vaticano II como espaço de debate de temas atuais da pastoral da Igreja que merecem considerações especiais por seu destaque e urgência, e elaboração de consequentes diretrizes para seu melhor desenvolvimento. Não é a primeira vez que o tema da família é a